terça-feira, 31 de agosto de 2010

Deficientes físicos pedem passagem ao volante

Preconceito e falta de informação atrapalham motoristas com necessidades especiais.

Paulo já tem concessionária que atende exclusivamente portadores de deficiência.

Vanessa Barros
Do G1, em São Paulo


Divulgação
Atletas com necessidades especiais conferem carro em concessionária de São Paulo (Foto: Divulgação)Além de lidar com o preconceito e as dificuldades de acessibilidade no dia-a-dia, o cliente com mobilidade reduzida ou portador de deficiência física encontra uma grande barreira na hora de se tornar um motorista. O despreparo de estabelecimentos comerciais e prestadores de serviço atrasa – e muitas vezes impede – a compra de um veículo adaptado por uma pessoa com alguma limitação.
O triatleta Eliseu Pereira, de 47 anos, teve as duas mãos amputadas em 1984, quando sofreu um acidente com granada durante o serviço militar. Para ele, um dos maiores obstáculos para o comprador de veículos adaptados é a falta de informação em relação a este grupo de consumidores.

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Saiba como obter isenção de impostos na compra de um veículo adaptado

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Os atletas Alex de Souza, Eliseu Pereira e Edson Dantas (Foto: Divulgação)"Alguns anos atrás, no Brasil, não tínhamos à disposição nas lojas câmbio automático nem direção hidráulica na maioria dos carros. Hoje já encontramos várias opções de automóveis que oferecem essas coisas. Só que esses itens não podem ser tratados como luxo, principalmente quando o cliente é um deficiente físico ou tem alguma necessidade específica. Se a pessoa tem um problema na perna esquerda, por exemplo, ela simplesmente não pode dirigir se não tiver um carro automático. O empresário que faz uma loja com todas as normas para o atendimento do deficiente físico é um visionário. Ele me coloca em condições de igualdade", diz Pereira.

Além da falta de informação, o preconceito também é um vilão na hora da compra de um automóvel adaptado. "Eu gostaria que todos olhassem para nós como pessoas normais e oferecessem nada além do que todos merecem: um bom atendimento. Conscientização acontece quando o motorista vê a vaga reservada para o deficiente físico e passa direto sem nem pensar que poderia estacionar ali. Não é uma questão de prioridade nem regalia. Se o cadeirante não tiver um espaço maior entre uma vaga e outra, ele não tem como sair do carro”, analisa o triatleta.

Eliseu Pereira detalha alguns itens que podem até impedir o deficiente físico de comprar seu veículo ou – no mínimo – deixar o processo penoso e desagradável.

“Se tomarmos o exemplo do cadeirante, percebemos que em alguns casos ele não consegue nem entrar na loja. Primeiramente, é preciso uma rampa de acesso com uma inclinação em que ele possa subir sozinho. Também não adianta colocar uma rampa com curvas fechadas, em que a cadeira de rodas não consiga virar. No meu caso, que não tenho as duas mãos, não dá para abrir a porta quando a maçaneta é redonda. Em uma concessionária, é preciso circular entre os carros, abrir as portas. E se os veículos estiverem amontoados, como acontece na maioria dos casos, não há como escolher o produto. O cadeirante é um cara espaçoso!”, brinca.

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Concessionária Grand Special, de São Paulo, exclusiva para consumidores com necessidades especiais (Foto: Divulgação) Concessionária especializada

Foi inaugurada em São Paulo no mês de janeiro a primeira concessionária que atende exclusivamente clientes portadores de deficiência física e com mobilidade reduzida. Além de funcionar como ponto de venda, a Grand Special – que fica no bairro da Vila Olímpia - reúne diversos prestadores de serviço em seu espaço. No local, o portador de necessidades especiais encontra auto-escola, uma empresa que cuida das isenções de impostos na compra do carro e seguradora, além da própria loja de carros.
“Nosso objetivo é dar atendimento exclusivo ao deficiente. Ele entra na loja sem ter nem a carteira de motorista e encontra assessoria para todo o processo, até o momento em que sai dirigindo seu carro adaptado. Muitos não sabem nem que têm direito a dirigir”, explica o gerente de vendas diretas da Grand Special, Sérgio Navarro.
O diretor comercial das concessionárias Grand Company, Dreyfus Carmona, ressalta que o público com necessidades especiais tem dificuldade de encontrar informações e atendimento adequado quando deseja comprar um veículo. “Este mercado é muito carente. O deficiente não é atendido. Ele entra em muitas lojas e não encontra nenhum funcionário apto a informá-lo sobre a compra de um carro adaptado, com isenção de impostos.”
O atleta e professor de dança Alex de Souza, de 32 anos, que não tem um dos pés desde que nasceu por conta de uma doença, recebeu com satisfação a notícia da inauguração da loja. “Aqui você encontra o cara especializado que te informa sobre os seus direitos, indica empresas que fazem os serviços e garante agilidade no processo de compra do carro, que em geral demora muito mais. É quase a garantia de que você vai voltar quando desejar comprar um novo.”


Serviço:
Concessionária Grand Special
Avenida dos Bandeirantes, 1729
Vila Olímpia – São Paulo (SP)
Tel.: (11) 3841-2000

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Para trabalhar com Natação para Deficientes


A propósito de meu post da semana passada, onde listei algumas atitudes simples para viabilizar o trabalho de Natação para Deficientes, estive conversando com alguns alunos da EEFEUSP (alguns inclusive meus monitores e ex-monitores) e, como sempre, este assunto despertou intenso interesse, até pelo aspecto emocional que ele inevitavelmente carrega. Surgiu-me então a idéia de escrever algo sobre as características necessárias a quem gostaria ou pretenda um dia trabalhar com a chamada Natação Inclusiva.

Bastante ciente de minhas limitações nesta área, onde atuei muito pouco, procurei minha colega a Prof. Dra. Elisabeth de Mattos, professora de Educação Física e Terapeuta Ocupacional pela USP, especialista neste assunto e há muitos anos militando na Educação Física adaptada e no esporte para deficientes, notadamente a Natação. Ah! Minha ex-monitora também!
De nossa conversa (sempre mais curta do que gostaria) surgiu bem simplificadamente que há ao menos três características básicas que uma pessoa precisa apresentar para se dar bem no trabalho com deficientes, seja em que modalidade for:
A primeira é CAPACIDADE DE PERCEPÇÃO. Não apenas perceber a técnica exata dos movimentos executados e suas inúmeras variações (isso qualquer profissional da nossa área necessita desenvolver), mas também as nuances de comportamento pessoal e de reações emocionais que via de regra acompanham o gesto esportivo e que, no caso dos deficientes, tem uma importância capital em seu desempenho.
O profissional para trabalhar com deficientes deve ser um observador compulsivo e detalhista, para não deixar escapar nada que possa ser trabalhado em aula e transformado em melhoria técnica ou física. Esta capacidade perceptiva é até certo ponto treinável, mas quem a possuir já de forma inata terá amplas vantagens sobre alguém menos observador. Talvez aqui esteja boa parte da explicação de por que há tantas mulheres atuando neste setor: todas as pesquisas das neurociências indicam que as mulheres são bem mais observadoras que nós homens.
A segunda característica é BOM CONHECIMENTO DA MODALIDADE EM SI. Pode parecer óbvio, mas não é. Muitas pessoas imaginam que por tratar-se de pessoas com deficiência, e conseqüentemente incapazes de executar movimentos tecnicamente sofisticados, o trabalho com estes grupos especiais dispensa um conhecimento mais bem acabado dos esportes. Enganam-se. Para adaptar uma modalidade às dificuldades de quem quer que seja, é necessário conhecer profundamente a biomecânica, a técnica, a tática e todos os aspectos do esporte onde iremos atuar.
Só quem conhece sabe adaptar com eficácia, pois adaptar pressupõe flexibilizar determinantes técnicos na exata dimensão das limitações de quem recebe as nossas orientações. Conhecimentos esportivos muito rarefeitos não permitirão que isso ocorra de maneira ideal.
A terceira característica é BOM CONHECIMENTO DAS DEFICIÊNCIAS COM AS QUAIS TRABALHAMOS, e mais especificamente, de como essas deficiências limitam ora a capacidade de compreensão das instruções (que é o início de toda conquista motora), ora a execução prática delas. Cada deficiência é sempre diferente das outras e cada uma delas tem graus e características muito próprias. Apenas um sólido conhecimento destes detalhes permitirá ao profissional contornar as muitas dificuldades que surgirão ao longo do processo ensino-aprendizagem.
Será preciso comunicar-se adequadamente (muitas deficiências físicas implicam em algum rebaixamento cognitivo), possibilitar a conquista da habilidade motora em si (todo o feedback proprioceptivo – tátil, sinestésico, visual - do deficiente pode estar comprometido) e viabilizar a sua fixação, através de repetições qualitativamente adequadas.
É um trabalho muito bonito e que traz uma gratificação pessoal que talvez nenhuma outra ocupação de nossa área consiga. Mas como se vê, não é para todos. Para quem pretende atuar neste segmento, meu total apoio; para que já o faz, minha admiração.


Fonte: http://www.educacaofisica.com.br/blogs/dentrodagua/texto.asp?id=227

sábado, 14 de agosto de 2010

Ajude você também a mudar a história de milhares de crianças e jovens!!!

Ligue para doar cinco reais: 0500 2010 005
        para doar quinze reais: 0500 2010 015
    para doar quarenta reais: 0500 2010 040


Lançada em 1986, num programa especial dos Trapalhões, com 9 horas de duração, a Campanha Criança Esperança estimulou a sociedade a discutir sobre a situação das crianças e jovens brasileiros.

Ao divulgar a Declaração Universal dos Direitos da Criança, a campanha contribuiu para a inclusão do artigo 227 na Constituição Federal de 1988, que garante os direitos das crianças brasileiras. Dois anos depois, este artigo deu origem ao Estatuto da Criança e do Adolescente.

Reconhecido pela ONU como modelo internacional, o Criança Esperança incentiva o debate sobre políticas públicas e transforma vidas. Durante dois meses, toda a programação da Rede Globo se une para apresentar temas relacionados à campanha, produzindo reportagens e quadros especiais, além de campanha específica, com o objetivo de prestar contas sobre a aplicação dos recursos arrecadados.

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Os Deficientes Também Podem!

Praticar esporte é uma forma que os portadores de deficiência dispõe para redescobrir a vida de uma forma ampla e global. Previne as enfermidades secundárias à deficiência e ainda promove a integração social, levando o indivíduo a descobrir que é possível, apesar das limitações físicas, ter uma vida normal e saudável. 
Abraçar uma atividade física pode transformar o dia-a-dia de um atleta especial e ainda fazer bem para a saúde do corpo e da mente. 
Movimentar-se é a palavra de ordem. Não importa se o atleta tem como objetivo jogar profissionalmente ou de forma amadora. O importante é procurar uma modalidade esportiva que se adeque as condições e limites. 


Benefícios físicos e psíquicos:
Praticar atividade física tanto por competitividade quanto por diversão pode trazer ao indivíduo benefícios físicos e psicológicos. (Leia mais no site abaixo)





terça-feira, 10 de agosto de 2010

Como cuidar de uma criança com deficiência

Uma criança com deficiência não consegue fazer tudo tão bem como as outras crianças, mas existem algumas coisas que ela pode fazer tão bem ou até melhor. Em vez de ter pena dessas crianças e só ver suas fraquezas, seria melhor reconhecer e encorajar suas habilidades.

O material e os métodos aqui descritos ressaltam os seguintes princípios básicos que devemos seguir ao cuidar de uma criança deficiente na própria comunidade:

sempre que possível, faça aparelhos ortopédicos e adaptações utilizando recursos simples e de baixo custo;
aproveite o conhecimento das pessoas e as tradições do lugar;
forneça o mínimo de auxílio para ajudar a criança a fazer o máximo sozinha;
use recursos simples e adaptados às circunstâncias locais;
faça adaptações técnicas simples para as necessidades específicas da criança;
torne a terapia divertida para que a criança a faça sozinha como se fosse uma brincadeira;
ensine os irmãos a compreender a criança e a ajudar na terapia;
incentive as crianças sadias a dar valor às crianças com deficiência e a brincar com elas;
evite que a criança com deficiência fique sentada ou deitada numa posição que pode agravar seu problema;
procure recursos simples para evitar deformações ou outros problemas;
utilize os princípios de terapia ocupacional para as atividades da vida diária: comer, vestir, carregar etc;
ajude a criança a desenvolver a mente e o corpo;
inclua a criança nas atividades diárias da família;
ajude a criança a se tornar o mais independente possível — principalmente nas atividades da vida diária como comer, vestir, tomar banho e ir ao banheiro;
ajude a criança a desenvolver uma habilidade que permita auxiliar em casa e ter uma vida produtiva.





Fonte: http://www.google.com.br/search?hl=pt-BR&&sa=X&ei=YDVhTJS2OtCyuAeIzdyUCQ&ved=0CBsQBSgA&q=crian%C3%A7as+com+deficiencias+f%C3%ADsicas&spell=1

Deficiência

Deficiência é o termo usado para definir a ausência ou a disfunção de uma estrutura psíquica, fisiológica ou anatômica. Diz respeito à biologia da pessoa. Este conceito foi definido pela Organização Mundial de Saúde. A expressão pessoa com deficiência pode ser aplicada referindo-se a qualquer pessoa que possua uma deficiência. Contudo, há que se observar que em contextos legais ela é utilizada de uma forma mais restrita e refere-se a pessoas que estão sob o amparo de uma determinada legislação.

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Inclusão social

Inclusão social é um conjunto de meios e ações que combatem a exclusão aos benefícios da vida em sociedade, provocada pela diferença de classe social, origem geográfica, educação, idade, existência de deficiência ou preconceitos raciais. Inclusão Social é oferecer aos mais necessitados oportunidades de acesso a bens e serviços, dentro de um sistema que beneficie a todos e não apenas aos mais favorecidos no sistema meritocrático em que vivemos.

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Inclus%C3%A3o_social